O estilo de Jesus: a solidariedade

“[…] Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, mim o fizestes” (Mateus 25:40).

É provável que quando você pensa na solidariedade o faça sob duas perspectivas: Quando ajuda e quando você é ajudado. É muito interessante que, desde o instante que nascemos, mesmo sem conhecer esse conceito, vivemos graças à solidariedade de outras pessoas, mas, quando crescemos, às vezes, esse importante valor não se solidifica para que o estendamos aos outros, como um hábito.

Quando Jesus transmitiu Seus ensinos, uma das coisas que mais destacou foi a importância de viver o espírito solidário. Desde Seu nascimento, foi revelada Sua misericórdia. O mundo estava sucumbindo pelo pecado e pela miséria, mas Jesus, ao nascer, Se tornou “Deus conosco” (Mt 1:23). Ou seja, diante do obstáculo humano, não Se distanciou, nem tampouco foi indiferente. Cristo nos abriu as portas da salvação física e espiritual.

É interessante notar Sua disponibilidade para ajudar todo aquele que Lhe pede, sem discriminar suas ideias religiosas, sua condição social ou mesmo a sua etnia:

  • Centurião romano (Mt. 8:5-13).

  • Endemoninhado gadareno (Mr. 5: 1-20).

  • Mulher siro-fenícia (Mr. 7:24-30).

Com frequência, as Escrituras proferem expressões referentes a Jesus e Sua sensibilidade para com as pessoas:

  • “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas […]” (Mt 9:36).

  • “Condoído, Jesus tocou-lhes os olhos, […]” (Mt 20:34).

  • “Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanecem comigo e não têm o que comer” (Mc 8:2).

O egoísmo nos leva a pensar duas vezes antes de ajudar e de sermos solidários e isso, certamente, se deve ao desafio de viver com desprendimento. Como podemos entender nossa responsabilidade para com os demais? Jesus tem a resposta: Identificar-se com o necessitado. “Sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt. 25:40).

Há um elo tão grande entre o necessitado e Jesus que Ele considera que quando ajudamos os necessitados, na verdade, estamos mostrando bondade para com Ele próprio. Não é difícil, então, compreender porque Jesus Se tornou humano para nos salvar. Ele Se colocou em nosso lugar. Sempre que lhe for difícil ajudar outra pessoa, você deve fazer isto: colocar-se no lugar dela.

Na parábola do bom samaritano, aprendemos o conceito de “próximo”. Ao terminar de contá-la, Jesus perguntou: “Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo” (Lc 10: 36-37). Sem entrar em maiores detalhes, esta parábola não se trata de achar quem é o próximo, mas de ser o próximo. Essa proximidade, mais que uma questão física, é a proximidade do coração que entende a necessidade de ajudar outra vida sofredora. Você consegue se considerar como o “próximo” dos demais? Hoje, Jesus lhe diz: “Vai e procede tu de igual modo”.

Fonte: Ação jovem – 4°Trimestre – Jovens Adventistas

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