Em primeiro lugar o amar

Em I João 2:10-11 na tradução da Bíblia Literal do Texto Tradicional (LTT) lemos: “Aquele [que está] amando o seu irmão permanece na luz, e nele não há isca de armadilha. Mas aquele [que está] odiando o seu irmão está na treva, e anda na treva, e não tem sabido para onde vai; porque a treva cegou os seus olhos”. Se você nunca leu este texto, leia-o novamente. Seja em qualquer versão de tradução o peso é grande. A escolha da tradução LTT é proposital. É para que os nossos olhos voltem-se para o exato desejo de DEUS quando nos alerta através de seu servo João.

A primeira coisa que nos chama a atenção nesta passagem é que não há meio termo; para João não há neutralidade nas relações pessoais. Como diz Westcott: “A indiferença é impossível; não há meias tintas no mundo espiritual”. Um homem, ou está caminhando na luz do amor ou nas trevas da maldade. Deve se notar, além disso, que João está falando da atitude de um homem para com seu irmão, quer dizer, o vizinho, o homem ao lado de quem vive e trabalha, com quem necessariamente entra em contato todos os dias. Há uma classe de pessoas que pregam o amor por outras nações, e que nunca conseguiram viver em paz dentro de seu próprio círculo familiar. O texto insiste no amor para com nossos irmãos, para com o homem com quem estamos em contato todo o tempo. O alerta de DEUS através de João é certeiro. Há uma aguda distinção entre luz e trevas, amor e ódio, sem matizes nem meias tintas. Nosso próximo significa algo para nós… mas o que? Ele é parte do panorama; a questão é como olhá-lo. Podemos ver nossos semelhantes de várias maneiras. Podemos vê-lo como dispensável; podemos vê-lo com menosprezo; como um tédio; como um inimigo; ou como nosso irmão. Felizmente (ou infelizmente), nós nos encaixamos em alguma destas categorias, e isto simplesmente significa dizer que amamos ou aborrecemos a nosso próximo – Barclay.

Mas há algo mais no texto: o efeito! Nossa atitude para com nosso próximo tem efeito não só sobre ele, mas também sobre nós mesmos. São dois os apontamentos nítidos no texto Bíblico: (1) Se amamos a nosso irmão, andamos na luz e não há nada em nós que nos faça tropeçar. Quer dizer, que o amor é a única coisa que nos capacita a progredir na vida espiritual, e o ódio é a única coisa que faz impossível o progresso. Quando pensamos bem, é óbvio. Se Deus é amor, e se o novo mandamento de Cristo é amar, então o amor é a única coisa que nos aproxima dos homens e de Deus, e o ódio a única coisa que nos separa dos homens e de Deus. O ódio impede o crescimento do homem porque se interpõe entre ele e Deus, entre ele e seu próximo. Devemos sempre lembrar que quem tem ódio, amargura, ressentimento, que não está disposto a perdoar, não pode crescer na vida espiritual.

Ainda (2) aquele que aborrece a seu irmão anda em trevas sem saber aonde vai, porque as trevas o cegaram. Quer dizer, que o ódio cega ao homem. Mais uma vez, isto é perfeitamente óbvio. Quando um homem guarda ódio e amargura em seu coração, evidentemente seu raciocínio se obscurece. Não pode tomar decisões, nem ver nenhuma questão claramente. É bastante comum observar em qualquer grupo um homem que se opõe a uma proposta boa e útil porque sente aversão ou está inimizado com o homem que a fez. Várias vezes o progresso em algum projeto ou Igreja ou associação é detido por causa de animosidades pessoais. Ninguém é apto a dar um veredicto sobre algo enquanto tenha ódio em seu coração, e ninguém pode conduzir corretamente sua própria vida quando o ódio o domina – Barclay.

O amor capacita o homem a andar na luz; o ódio o leva às trevas, mesmo quando ele não compreenda que é assim. Pense nisso meu irmão! Se sua posição é de amor para com seus irmãos agradeça a DEUS e peça-lhe graça para que não caia nesta armadilha. No entanto, se você alimenta o ódio por algum irmão é momento (ainda!!) de pedir perdão, conversar, corrigir e se alegrar com ele. Não perca sua salvação por detalhes tão pequenos!!

Fonte: FUMAP

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