Você é um divergente?

Jesus não viveu em conformidade com os valores do mundo

É impressionante o número de postagens no Facebook, relacionadas à igreja. São pessoas que falam dela, bem ou mal, mas falam! Antes de falar lembremos: a igreja é agência do Reino de Deus, ela propaga o interesse de Deus governar todas as coisas. Ela foi comprada pelo sangue de Jesus e você que, um dia recebeu a fé, é parte dela. “Cuidado, dedinho, o que posta!” Será que os cristãos brasileiros tem sido divergentes? Você tem tido essa postura?

Os divergentes (aqui, sinônimo de cristão) são os que fazem parte do Reino de Deus. São chamados para fora do mundo (sistema), e por isso são opostos aos que fazem parte do mundo. Em João 17.14, Jesus apresenta alguns sinais dos que divergem do sistema: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou.”

O primeiro sinal diz que “O divergente se opõe ao mundo por seguir a Palavra de Deus”. Como disse o Senhor: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou…” O cristão é divergente devido sua identificação com a Palavra de Deus, Palavra dada por Jesus, o Verbo encarnado (Jo 1.1). Jesus afirma em sua “oração sacerdotal”, que deu a Palavra do Pai aos seus discípulos. Essa palavra serve como o guia de vida. O Antigo e Novo Testamento são a Palavra de Deus. Os valores da palavra de Deus, vividos pelos “divergentes do Reino”, os fazem “santos no mundo” (Jo 17.17).

Em consequência dessa identidade com a Palavra, este mundo tem uma reação: ódio! Ódio pelos “divergentes do Reino”. Gente que se levanta contra tudo que se identifica com Deus. São pequenos “anticristos” que antecedem a encarnação, antes da Segunda Vinda do Senhor, na Grande Tribulação, do “Anticristo” (2Ts 2.3-4).

Não somos odiados, ou não devemos ser, por sermos crentes implicantes, mas por seguir a Palavra de Deus. Como nosso “Divergente Mestre” disse: “Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.” (Jo 15.20).

O segundo sinal diz que “o divergente se opõe ao mundo por não se identificar com este sistema”. Jesus disse ainda em Jo 17.14: “… pois eles não são do mundo…”. Este mundo aqui não é o mundo físico, afinal, nas palavras do salmista: “Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam.” (24.1). Aliás, este mundo físico será restaurado pelo Senhor (Ap 21.1), depois dos mil anos no céu (Ap 21.1). O Senhor também não esta falando do mundo amado por Deus segundo João 3.16, alvo do envio do Filho. Neste texto, o mundo são as pessoas, amadas pelo Pai e alvos de sua graça salvadora; o mundo em voga aqui é o mundo como “sistema iniquo”, cujo governo é exercido pelo diabo. Nas palavras de João: “… o mundo inteiro jaz no Maligno.” (1Jo 5.19b).

Sem negociar ou ceder valores

É este o mundo de onde o cristão foi tirado, e ao qual deve resistir. Não deve negociar ou ceder seus valores para ser bem aceito pelo sistema. Tiago nos alerta: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (4.4) E o que nos leva a entrar no sistema? O mesmo apóstolo responde: “De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” (Tg 4:1-3) Veja: quando obedecemos nossos desejos egoístas, não estamos divergindo do sistema. Matar, invejar, usar de violência ou egoísmo, esta é a regra do sistema mundano.

Por isso, vale a pena repetir o apelo de Paulo: “E não vos amoldeis ao esquema deste mundo, mas sede transformados pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.2) Pelo poder do Espírito podemos continuar afirmando e vivendo, os valores do reino de Deus, da Lei de Deus, afinal, somos sal da terra e luz do mundo (Lc 5.16-17).

O terceiro sinal fala que “o divergente se opõe ao mundo por imitar a Jesus”. Como concluiu Jesus: “Eles não são do mundo, como eu também não sou.” (Jo 17.14) O alvo de sua vida é em tudo viver para Jesus e como Jesus? Apesar de viver no mundo, “palco” de sua missão, Jesus não viveu em conformidade aos valores dele. Seus passos foram fazer a vontade do Pai, vontade essa que era considerada um motivo existencial para Jesus: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.” (Jo 4.34)

A vontade do Pai é viver sua Palavra. É crer naquilo que Deus nos transmite no Antigo e Novo Testamento. É amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. A realização da obra do Pai é o engajamento na Missão de anunciar o evangelho a toda criatura até que Ele volte. A vida de imitação a Jesus nos convoca a andar guiados pelo “GPS” do cristão, a Bíblia Sagrada, e viver em comunidade, na vivência dos mandamentos mútuos (uns aos outros); é também praticar o bem a todos os homens: na vizinhança, na escola, trabalho, política e demais setores da sociedade.

Temos então que nos manter firmes em seguir nosso “irmão mais velho” (no sentido de exemplo, não de tempo); devemos vivenciar nossa divergência para com o mundo, no Espírito de Cristo: paz, amor, misericórdia e justiça. Vamos seguir os mandamentos aos cristãos deixados em Hebreus 12.2: “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.”

Permanecer em Cristo é nosso dever! Perseverar até o fim é nosso caminho. Três imagens nos ajudam a clarear os pensamentos: a corrida é a primeira. Em Hb 12:1, lemos: “… corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta.”. Outra imagem que temos para a perseverança é a luta. É o que vemos em 1Co 9:26b: “… assim luto.”

A última imagem que apresentamos é a guerra. O cristão é um soldado que anda conforme a vontade daquele que o alistou para o serviço do bom combate. É isso que Paulo diz, em 2Tm 2:3: “Participa comigo dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus.” Sejamos corajosos! Sejamos divergentes, sabendo que: “… o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.” (1Jo 2.17)

Fonte: Portal IAP

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