A santidade, de acordo com a escritura

A santificação, de acordo com a Escritura, é posicional e processual. Posicional por que é uma realidade, uma posição do crente em Jesus. Nós somos “santos”. Esta é nossa posição. É assim que Deus nos vê. Por isso os autores do Novo Testamento chamam os crentes em Jesus de “santos” (2 Co 1:1; Fp 1:1; Cl 1:1; etc.). O substantivo grego traduzido por “santo” é hagios, que significa, literalmente, “separado da condição ou uso comum”. Nós somos santos, não porque adquirimos uma posição elevada de espiritualidade, mas porque, ao recebemos Cristo como Senhor, fomos “separados” do nosso antigo modo de viver, para um novo estilo de vida, orientado por padrões estabelecidos por ele. Tudo o que Cristo fez por nós na cruz nos garante esta posição. Por causa dele fomos santificados (1 Co 1:2); ele é nossa “santificação” (1 Co... ...

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Sméagol, pornografia e a volta para casa

O livro “O Senhor dos Anéis”, de J. R. R. Tolkien, descreve um antigo hobbit, Sméagol, que se transformou em Gollum, uma criatura horrível. Ele possuía um tesouro antigo adquirido quando ainda habitava na luz: um anel belo e brilhante que o fazia invisível. Sméagol manteve o anel escondido em uma caverna porque era o presente que ele amava, seu “precioso”. Depois de tanto viver nas trevas, a solidão e a traição acharam espaço: seu coração escureceu-se, o anel corrompera o coração dele. Assim como é o efeito do anel descrito por Tolkien, é o efeito da pornografia no século 21. Ela é a descoberta de um anel precioso que carrega sementes de destruição. A pornografia toca em um ponto central da nossa humanidade — o desejo por beleza –, mas cria a obsessão pelo anel do poder. Ela carrega... ...

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Não tem nada a ver

Nossa geração está se acostumando com a ideia de que a verdade é subjetiva e de que cada um tem a sua própria verdade. Para ser mais preciso, nossa geração parece descrer da verdade. Cada um tem a sua experiência. Cada um decide o que é bom. Cada um escolhe o que mais lhe agrada e ninguém pode interferir nessa escolha. Vivemos num mundo plural, com muitas idéias, conceitos e valores. A ética é privativa, ou seja, eu faço minhas escolhas e ninguém tem o direito de dizer se elas são certas ou erradas, até porque as pessoas estão confusas sobre a linha divisória que separa a verdade do erro. Nesse emaranhado de idéias as pessoas que são confrontadas em sua forma de pensar ou agir respondem de imediato: “isso não tem nada a ver”. Qual é a filosofia que está por trás... ...

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Jesus não topou o “jeitinho brasileiro”

Ao ser tentado, ele não aceitou o atalho proposto pelo diabo. E nós? Nesses últimos dias tenho refletido bastante sobre a espiritualidade cristã. Meu diagnóstico quanto a esse assunto não foi muito agradável. Temos visto uma gigantesca onda de apatia espiritual, um enorme abismo entre a teologia e a oração, e a ausência de integridade e coerência entre nossas convicções e a vida. Os cristãos do século 21, principalmente os jovens, vivem um grande desafio diário para manter o foco numa espiritualidade cristã, bíblica e saudável. A cruz de Cristo, sem dúvidas, representou uma escolha, um caminho que Jesus decidiu trilhar: o caminho da obediência e da fidelidade ao Pai. A espiritualidade cristã requer obediência. Em Mateus 4, o diabo propõe uma maneira para Jesus “ser” o Messias, um “jeitinho brasileiro”, como poderíamos dizer em nossos dias. Um caminho tentador,... ...

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Vencendo o “Eu”

Uma das palavras mais ouvidas em nosso idioma com certeza é a palavrinha “eu”. Temos uma cultura voltada para o “eu”.  Uma das frases que define bem este pensamento é a do “Jeitinho Brasileiro”. Em quase todas as modalidades do cotidiano usa-se o “jeitinho” para superar as dificuldades.  É a cultura do “quebra-galho”, do “faz de conta”, do “jogo de cintura”, onde o mais importante é “se dar bem”.  No Brasil tem até mesmo uma definição para este modo de vida, chamada “Lei de Gérson”. Este “lei” surgiu na década de setenta, quando o Tricampeão de Futebol Gérson fez um comercial de uma marca de cigarro afirmando que  “gostava de levar vantagem em tudo” e terminava com a expressão “certo ?”. Mas o verdadeiro nome do “eu”, quando este encontra-se entronizado, exacerbado, suprimindo todas as demais virtudes,   chama-se orgulho.  Não... ...

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