Selfie

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” Gl. 2:20.

Dias atrás, fui ao estádio Serra Dourada com um pessoal da igreja. Dentre tantas curiosidades, fiquei impressionado com a mais recente moda: a quantidade de pessoas fazendo selfie (foi considerada a palavra internacional do ano de 2013 pelo Oxford English Dictionary) – fotos e filmagens de si mesmo – autorretrato por meio de celular, smarthphone, câmera digital ou webcam.

A tecnologia a serviço do bem é algo imprescindível! Não sou saudosista nem sou antigo. Ocorre que o avanço da tecnologia tem sido surpreendente! Lembro-me da época em que tirávamos mais de uma foto para ter a certeza de que, pelo menos, uma ficaria boa. Nessa época, modernidade e tecnologia de última geração era uma Olympus do meu sogro que tirava o dobro de fotos possíveis no filme. Ela utilizava metade do negativo e, assim, possibilitava o dobro de poses. Fico imaginando se, naquela época, existisse a moda da selfie, a cada pose registrada seria necessária a revelação em estúdio fotográfico para ver se o registro fora o ideal, caso contrário, a posição mantida seria necessária para uma nova tentativa.

Self, nas últimas décadas, tornou-se popular com o advento dos restaurantes self-service. Nessa época, como representante comercial, eu almoçava em restaurantes todos os dias da semana – PF (prato feito) era minha especialidade. Até que surgiu a possibilidade de cada cliente fazer seu próprio prato, ou seja, você mesmo se serve dispensando a necessidade de um garçom.

Penso que esse modismo pode ser característica de um mundo onde, cada vez mais, os relacionamentos são dificultados por um egocentrismo preocupante e um individualismo crescente e exacerbado. Por isso, as pessoas têm desenvolvido uma vida voltada para si mesma, numa tentativa, cada vez mais forte, de viver independente de relacionamentos. As redes sociais exemplificam bem esse tema: aproximam quem está distante e distanciam quem está próximo. Antigamente, para tirar uma foto era necessário que houvesse, ao menos, duas pessoas. Se não estivéssemos acompanhados, solicitávamos para um estranho qualquer que nos fotografasse, ou seja, havia relacionamentos, ainda que forçados pelas circunstâncias.

A história da humanidade tem demonstrado que muitos tentam fazer uma selfie no quesito evolução e salvação. Imaginam que pelas suas próprias forças, sofrimentos, autoconhecimento e transmutações conseguirão alcançar uma vida transformada, feliz e eterna. Nesse aspecto, não há selfie que funcione! Sozinhos, nunca conseguiremos alcançar um nível de qualidade e vida abundante. Por isso, Jesus Cristo, conhecendo nossa miséria e entendendo que nenhum de nós conseguiria um autorretrato que definisse uma vida plena, decidiu fazer uma selfie na cruz. Assim, de braços abertos Ele nos acolhe ao redor d’Ele e, somos incluídos nessa foto eterna – uma selfie que somente Ele tem condição de tirar.

O apóstolo Paulo, em sua mensagem enviada aos cristãos de Roma – acima transcrita, enfatiza que a vida só terá sentido se Jesus Cristo viver em nós. Quando entregamos nossa vida a Jesus Cristo e O convidamos para habitar em nosso coração, experimentamos um relacionamento extremamente significativo e relevante para preencher nossa existência. Detalhe: relacionamento que incluirá o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Por isso, nunca estaremos sozinhos e, sempre, teremos a companhia divina para ajudar nos registros da nossa história.

Pense bem: uma foto registra momentos importantes e marcantes da nossa vida. Mais um motivo para um relacionamento com Jesus Cristo: somente Ele pode proporcionar momentos dignos de fotos e publicações e somente a selfie por Ele tirada tem valor Eterno. Que tal? Quer ser um seguidor de Jesus Cristo? Basta curtí-Lo e desfrutar de um relacionamento maravilhoso!

Fonte: Metodista

 

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