Permanecer casados não depende de paixão, mas de manter uma aliança

O pastor John Piper afirmou que o pecado e as pressões culturais têm distorcido a visão bíblica sobre o real valor do casamento.

Um casamento não se sustenta apenas com a paixão, mas também exige compromisso e aliança. O alerta foi dado pelo renomado pregador e teólogo norte-americano John Piper em uma de suas pregações recentemente publicadas em seu site ‘Desiring God’.

Se baseando na passagem de Gênesis 2:18-25, o pastor expôs a primeira parte de uma série de sermões sobre a permanência do casamento destacou a visão bíblica sobre a união matrimonial e alertou que o próprio “próprio pecado, egoísmo e escravidão cultural tornam quase impossível sentir a maravilha do propósito de Deus para o casamento entre um homem e uma mulher”.

“Nunca houve uma geração cuja visão do casamento fosse plena. O abismo entre a visão bíblica do casamento e a visão humana é, e sempre foi, gigantesco. Algumas culturas na história respeitam a importância e a permanência do casamento mais do que outras. Algumas, como a nossa [ocidental], têm pessoas com atitudes tão baixas, casuais, tanto para aderir quanto para abandonar o casamento, que acabam ridicularizando a visão bíblica”, alertou.

A visão de Jesus sobre o casamento

Piper destacou que nos tempos de Jesus já havia disparidades entre a visão divina e a visão humana sobre o casamento. Porém o teólogo alertou que estas diferanças aumentaram ainda mais nos tempos modernos.

“Esse foi o caso nos dias de Jesus também, e o nosso é muito pior. Quando Jesus deu um vislumbre da visão magnífica do casamento que Deus quis para seu povo, os discípulos lhe disseram: ‘Se tal é o caso de um homem com sua esposa, é melhor não casar’ (Mateus 19:10) . Em outras palavras, a visão de Cristo sobre o significado do casamento era tão diferente da dos discípulos, que eles não podiam sequer imaginar que o matrimônio fosse uma coisa boa”, explicou.

O pastor salientou que a distância entre pontos de vista humano e divino sobre o casamento se distanciam por causa do pecado, egoísmo e pressão cultural.

“Então eu começo com a suposição de que nosso próprio pecado, egoísmo e escravidão cultural torna quase impossível sentir a maravilha do propósito de Deus para o casamento entre um homem e uma mulher. O fato de vivermos em uma sociedade que pode até mesmo aceitar que dois homens ou duas mulheres entrem em um relacionamento e o chame de ‘casamento’, mostra que o colapso de nossa cultura e que o deboche, o barbarismo e a anarquia provavelmente não são fatores tão distantes de nossa realidade”, afirmou.

Permanecer casados = apaixonados?

Continuando a desmistificar visões distorcidas sobre o casamento, Piper destacou que um casamento sólido exige muito mais que paixão e até mesmo amor: é preciso compromisso e aliança.

“Ficar casados, portanto, não se baseia apenas em um homem e uma mulher permanecerem apaixonados. Trata-se de manter a aliança: ‘Até que a morte nos separe’, ou, ‘enquanto nós dois vivermos’. Esta é a promessa sagrada da aliança, o mesmo que Jesus fez com sua esposa, quando ele morreu por ela”, destacou.

“Portanto, o que torna o divórcio e o novo casamento tão horríveis aos olhos de Deus não é meramente o que envolve a ruptura de uma aliança com o cônjuge, mas o que envolve deturpar a aliança de Cristo, porque Ele nunca deixará sua esposa. Jamais! Pode haver momentos de distância dolorosa e retrocesso trágico da nossa parte. Mas Cristo guarda a sua aliança para sempre. O casamento é uma demonstração disso! Essa é a última coisa que podemos dizer sobre isso”, finalizou.

Fonte: Guia-me

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