O que se espera de um bom professor?

Os grandes professores sempre entenderam que seu verdadeiro papel não é o de ensinar matérias, e sim dar instrução aos alunos. A tutela e o treinamento são a mola propulsora de um sistema educativo vivo. Ken Robinson

Se fizermos essa pergunta aos nossos alunos do Departamento Infanto-Juvenil, pode ser que nos surpreendamos com as respostas.

Estudiosos dizem que, para que tenhamos uma aula motivadora e facilitadora do aprendizado do aluno é necessário que tenha ingredientes como: suspense, curiosidade, novidade, surpresa, paixão, empatia, objetivos, descobrimentos, êxitos, sensação de avançar, etc.

Agora, quanto à descrição do bom professor, informam que é indispensável que conheça o conteúdo e reflita sobre ele, seja inspirador, dê autonomia, proponha desafios adequados, estimule a criatividade, aceite erros, tenha vocação e que olhe seus alunos com afeto.

Analisando tudo isso, talvez esteja pensando: E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou…  ou diria como o profeta Isaías: Ai de mim! Pois estou perdido! Calma, não é para tanto! Nós temos o melhor professor de todos os tempos como exemplo e, pode nos auxiliar nessa tarefa: Jesus Cristo.

Jesus Cristo sendo um carpinteiro, sem nunca ter produzido um artigo ou uma pesquisa científica, monografia ou livro, impressionou a humanidade de uma forma impressionante. Jesus, o mestre, é surpreendente. Vejamos o que podemos aprender com ele.

Em Lucas 2:40, temos um referencial de maturidade. Diz o texto que “o menino [Jesus] crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele”. Em João 17:26, diz que ele tinha um objetivo: revelar o Pai. Por essa razão, em Lucas 19:48, narra que as pessoas ficavam fascinadas “pelas suas palavras”. De fato, a autoridade que tinha fazia com que fizesse declarações como esta: “Eu Sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14:6); ou: “Mas Eu lhes digo que”… (Mt 5:21, 22). Toda essa convicção, autoridade e conhecimento não lhe fazia orgulhoso de si mesmo, antes, “humilhou-se a si mesmo” (Fil 2:8); e, simplesmente, servia e não era servido (Mt 20:28). Fazia tudo isso porque não tinha tempo a perder. Em João 7:33, ele afirma: “Estou com vocês apenas por pouco tempo”; por isso, administrava melhor o tempo, “aproveitando ao máximo cada oportunidade” (Ef 5:16). Além disso, podemos ver em seu ministério simpatia, empatia, amor e cuidado pelas pessoas. O evangelho de Lucas descreve que “todos falavam bem dele e estavam admirados com as palavras de graça que saíam de seus lábios” (4:22).

O educador Antônio Tadeu Ayres nos lembra de que “nenhum professor é considerado bom simplesmente por acaso”. Os alunos conseguem perceber se o seu professor realmente conhece o que ensina, se tem prazer de instruir e se sabe como fazer isso. Fica aí a dica!

O desafio de cada professor não está em falar bonito, mas fazer da sua aula algo importante à vida dos seus alunos, fazendo com que os ensinamentos sejam relevantes para cada criança que ouve e participa das aulas. Se lhe falta alguma dessas características acima relatadas, lembre-se de que Deus dá graça aos humildes. Você jamais será um professor excelente e eficaz sem árduo trabalho, sem a ajuda de Jesus Cristo e do Espírito Santo na sua vida e ministério. Fazendo assim, professor e professora, vocês terão como resultado um ensino eficaz que transforma.

João Avelino dos Santos Junior é licenciado em Letras-Espanhol, MBA em Gestão de Pessoas, formado no curso médio em Teologia pela Fatap, diácono, líder de PG de casais e líder do louvor na segunda IAP em Jales.

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