Money no bolso… É tudo que eu quero?

Assim como Jesus é a religião entre Deus e os homens, o dinheiro é a religião entre os homens e as coisas que se compram. A diferença é que o primeiro é um ótimo Senhor e o segundo, um ótimo servo.

No entanto, o dinheiro, do grego “Mamom”, tornou-se mais que isto, pois, desde o princípio, transformou-se também em um deus, com letras minúsculas, porém com capacidades maiúsculas. Hoje, é uma potestade poderosíssima e escravizadora. Por isto, o mesmo precisa ser colocado debaixo da planta dos pés, não dos nossos, mas dos de Cristo, para que subsista em um estado completo de submissão a Ele, sendo funcionário, empregado e conduzido conforme a Sua vontade, para os propósitos afins da vida, da liberdade e do bem-estar de tudo e de todos.

Seria de fato próspera a nossa vida se investíssemos na carpintaria de Jesus todo o poder aquisitivo de bens que possuímos, pois “ninguém é tão pobre que não possa dar nada e nem tão rico que não possa receber” (Dom Hélder Câmara). Não me refiro somente à devolução da décima parte mensal da remuneração que obtemos periodicamente, pois o Deus encarnado não habita apenas no gazofilácio eclesiástico, mas está presente do mesmo modo no altar dos invisíveis e necessitados, que tanto gemem por roupas para vestir e alimentos para existir (Mt 25.35-40, Tg 2.15-16).

Infelizmente, a glória das riquezas ainda disputa espaço no coração e no bolso de crentes professos, apenas professos, porque sinceramente “ninguém pode servir a dois senhores, pois ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6.24). Não sabem eles que “grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, precisamos estar contentes” (1Tm 6.6-8).

Portanto, não priorize o “ficar rico”, pois os que assim desejam “caem em tentação, cilada e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e na perdição” (1Tm 6.9). Todavia, queira ser feliz com a sua riqueza, que é subjetiva, partindo do ponto que só se é realmente rico quando ao mesmo tempo se é de fato feliz. Diga a Deus: “não me dê nem a pobreza nem a riqueza, dá-me o pão que me for necessário para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o Seu nome” (Pv 30.8-9). Lembre-se que o Deus do dinheiro (1Cr 29.12) não é o mesmo que o do amor ao dinheiro (1Tm 6.10). E não se esqueça que a raiz de todos os males consiste apenas nesta diferença.

Fonte: Ultimato

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