Meu amigo secreto é…

Neste período de fim de ano, é comum entre amigos fazer a troca de presentes. Seja na escola, no trabalho, na família, na Igreja… é sempre envolto de muita expectativa a “revelação” do amigo secreto. Mesmo que o presente não seja tão significativo, mas o fato de lembrar e ser lembrado nos faz lembrar que somos alguém que existe. Por menor que tenha sido o valor da lembrança, o nosso amigo entrou na loja e pensou em nós. E após o desembrulho do presente concluímos: Que bom ter um amigo, mas que foi secreto “temporariamente”, de brincadeira, porque amigo de verdade nunca é “sempre secreto”, mas participa das nossas vitórias e dificuldades. E se for “demoradamente secreto”, ele não é nosso amigo.

Até Jesus por ocasião do seu nascimento teve, não um amigo, mas vários amigos secretos, conforme Mateus 2. Eles vieram de longe, atravessaram desertos e perigos, e guiados por uma estrela divina chegaram em Belém. Ao encontrarem o menino Jesus, o Emanuel (o Deus Conosco) ofertaram ouro, incenso e mirra. Assim diz o texto sagrado: “Ao entrarem na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram. Então abriram os seus tesouros e lhe deram presentes: ouro, incenso e mirra.” – Mateus 2.11. Que maravilha pensar que um dia Deus visitou a humanidade. Que Deus temporariamente se fez carne como nós e sentiu todos os nossos conflitos.

No presente dos magos (astrônomos) podemos perceber profeticamente a pessoa e a obra do Filho de Deus. Na oferta do ouro encontramos a realeza de Jesus. Ele foi verdadeiramente um Rei, pois reinou sobre as obras malignas derrotando-as; sobre a natureza alterando-a (transformando água em vindo, acalmando e andando sobre as ondas do mar, secando a figueira, etc); sobre o físico (humano), curando multidões dos males mais diversos. Na oferta do incenso estava declarada a Divindade e o sacerdócio de Jesus. Como Deus e Sacerdote ensinou e amou como nenhum outro, até mesmo perdoando pecados e recebendo adoração (Marcos 2.5-9 e João 20.28). Mas, a última das ofertas, a da mirra, estava nítida a Sua missão neste mundo como Salvador. A mirra é um perfume alcançado de pequenos arbustos (espinheiros) do deserto, após sofrer triturações ou cisões. Não foi assim com Cristo, que foi “triturado”, “esmagado” na cruz pelos nossos pecados? Mas porventura, o sacrifício de Cristo não produz o melhor dos perfumes para nossa vida espiritual? Na aparente derrota da cruz não está o nosso livramento e vitória?

Apesar disto Ele continua secreto em muitas vidas. As pessoas não O percebe, mas Ele está sempre pronto, aguardando apenas um gesto para agir. Mesmo sem muitos perceberem, Ele é o “amigo por excelência”. Faz dois mil anos que se “revelou” e nós, temos nos “revelado” a Ele? Espero que Ele não seja seu amigo secreto, mais que seja o amigo mais chegado que você tenha e possa desfrutar da beleza de sua companhia.

Por: Pr. Elias Ferreira

Fonte: Sou da Promessa

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