Igrejas Relevantes: Igrejas que Caem na Graça do Povo

“Louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos”. (At. 2:4. NVI).

Uma das marcas da igreja do primeiro século registrada por Lucas, certamente foi sua maneira de como os irmãos se relacionavam com a comunidade onde ela estava situada. Esta relação foi marcada pela sua atitude de perseverança e simpatia por parte do povo.

Os apóstolos juntamente com os primeiros discípulos obedecem a ordem de Jesus quanto a permanecerem por um tempo na cidade, aguardando o revestimento do alto. A igreja revestida de poder demonstra sua obediência encarnando de maneira explicita os valores do Reino, e, a maneira de viver dos cristãos da igreja de Jerusalém tornam-se notório entre a vizinhança.

 Logo, a igreja conquistou a simpatia dos de fora. A perseverança na comunhão, a partilha do pão, (pois este era de todos), as orações, a palavra, as reuniões no pátio do templo, como também o ajuntamento para fazer suas refeições com coração alegre, atraia os simpatizantes.

Enquanto os irmãos viviam de maneira comunitária, compartilhando uns com os outros os benefícios que tinham recebido do Eterno, Deus em sua soberania acrescentava os salvos à igreja onde de maneira extraordinária, os do caminho sobre o poder do Espírito Santo testemunhavam do Cristo em sua maneira de viver.

O alerta é urgente e por de mais necessário. Para que haja relações promissoras entre igreja e comunidade, é preciso começar de dentro. O cultivo dos valores do Reino é prioridade na questão.  Na Eclésia,  as relações devem ser regadas de amor mútuo, deve-se cuidar do outros como um bom floricultor que rega seu canteiro de flores, com carinho, fornecendo a elas o necessário para que cresçam e brotem de maneira eficaz, exalando os mais belos perfumes.

Revestida de mansidão e espírito pacificador, a igreja deve ter em sua agenda, a prática da liberação de perdão, esta é imprescindível para a construção de relações duradouras e sadias. Sem perdão, as estruturas relacionais ficam insustentáveis, levando a igreja ao declínio espiritual e ruína.

Devem ser amantes da palavra. Uma igreja sem o ensino das escrituras é como um navio à deriva em alto mar, esta não sabe para onde vai. Poderá ser comparada a uma construção sem alicerce seguro, sujeita a desmoronar. Os líderes devem se esforçar em nutrir o rebanho com o pão da vida, e saciar a sede das ovelhas com a água da vida. Os mestres devem se esmerar na leitura e estudo das escrituras para que possam oferecer ao rebanho, alimento saudável.

A igreja de nossos dias tem o desafio de viver em seu modo de vida as obras de Cristo.

Estas obras devem resplandecer como luz para o mundo para que haja glorificação do Pai por parte dos de fora. Luz que contagia, luz que transforma, que traz clareza aos confusos. A glória de Deus é manifesta em práticas de justiça e verdade. Nossa maneira de pensar e agir diante da sociedade deverá revelar nossa identidade Cristã, e, a partir de um discernimento claro de nossa opinião a respeito da pessoa de Cristo, deverá fazer o diferencial na questão.

Um ambiente acolhedor onde não há espaço para o tradicionalismo, formalismos e outros males que impedem a boa relação com os de fora, é indispensável para a relevância da igreja. Uma vez acolhidos, a Graça é manifesta, Cristo é exaltado e a missão é cumprida.

Por fim, conquistar a simpatia dos de fora, implica em andar como Jesus andou. Viver nele e para ele, trilhar em seus passos, encarnar os valores do Reino. Quando uma determinada igreja se deixa levar pelo mover do Espírito, livre do antropocentrismo, esta certamente encontrará simpatizantes.

Fonte: Teologia e Vida

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