Eu confio!

II Coríntios 3.5 “Pois assim como os sofrimentos de Cristo transbordam sobre nós, também por meio de Cristo transborda a nossa consolação”.

Estava eu na igreja quando um casal com um bebê de mais ou menos oito meses sentou-se ao meu lado. O bebê no colo da mãe olhava para mim e depois escondia o rostinho. Tentei pegá-lo, mas ele grudava na mãe. Estava desconfiado. Depois de certo tempo aceitou que eu pegasse sua mão. Mais um tempo e ele já estava no meu colo brincando com a maior alegria. Foi preciso que eu o conquistasse para que pudesse confiar em mim.

Jesus Cristo faz o mesmo conosco. Ele também quer que confiemos Nele. Jesus viveu aqui na terra por mais de três décadas. Poderia ter vivido menos tempo. Sofrido menos. Mas ele carregou nossos pecados por todo tempo. Suportou fome. Suportou sede e lá estava ele esperando ganhar nossa confiança. Parecia querer dizer: “Olha, você não é o único que precisa suportar os sofrimentos. Repara em mim!” Porque Jesus fez isto? Porque Ele queria que confiássemos nele. Ele poderia muito bem ter dito: “Você pode confiar em mim”. Mesmo nos momentos finais Ele queria ganhar nossa confiança: “Mais tarde, sabendo então que tudo estava concluído, para que a Escritura se cumprisse, Jesus disse: Tenho sede” (João 19.28).

Jesus estava sedento. Há quanto tempo Ele estava sem molhar os lábios? Há quanto tempo nosso coração também está sedento? De amor. Carinho. Amizade. Nosso coração clama por um gesto de afeição. A sede de Jesus naquele momento era real. Martirizava. Doía. Aquele que transformara água em vinho poderia muito bem transformar o vinagre oferecido pelos soldados, num jarro de água fresquinha e tomá-la até saciar-se por completo. Para Ele a água não era problema. Tinha intimidade com ela. Não abriu por acaso o Rio Jordão ou o Mar Vermelho? Não cessou a tempestade e acalmou as ondas? “Transforma o deserto em açudes e a terra ressecada, em fontes” (Salmo 107.35). “Ele fez da rocha um açude, do rochedo uma fonte” (Salmo 114.8). “Pois derramarei água na terra sedenta, e torrentes na terra seca” (Isaías 44.3ª).

Então se tudo isto está na palavra, porque Jesus passou sede? Por que Ele teve sede na cruz? Sabe, Ele suportou tudo porque sabia que você também sentiria muitas sedes: cansaço, sono, fome, dor. E que poderíamos confiar Nele, pois também passou por tudo isso. Somente quem passa uma dor sabe o que o outro está sentindo. “Pois assim como os sofrimentos de Cristo transbordam sobre nós, também por meio de Cristo transborda a nossa consolação” (II Coríntios 1.5ª).

Como cristãos podemos sofrer agora, mas no futuro temos garantia de desfrutarmos da herança. Então! O bebê precisou ser conquistado para confiar em mim. E você, Jesus já o conquistou? Confia Nele? Confia na cruz? O que está faltando para você jogar-se nos seus braços e dizer: Eu confio!

A graça seja com vocês. Amém!

Por: Antônia Vieira de Lima Oliveira

Fonte: Sou da Promessa