Equilíbrio na intolerância?

Cristo nos ensina a amar os nossos semelhantes como a nós mesmos, diante do caos do pecado nesta sociedade

 “Não sabeis vós de que espécie de espírito sois?” ( Lc 9.55)

Uma vontade de exercer o ímpeto de força bruta sobre as pessoas do povoado samaritano, cujo moradores rejeitaram hospedar Jesus e seus seguidores, foi o estopim dessa narrativa. Havia ali um conflito racial, ético, político e religioso instalado entre eles. De um lado, o julgamento era de pureza exacerbada, do outro entendiam que o povo adversário era impuro.

A solução de Tiago e João era a politica do tolerância zero, a aniquilação, a morte dos que estavam “errados”. Mas ali estava o Filho de Deus, o Eterno legislador, que no uso dos seus incontáveis atributos, interveio com a Sua misericórdia e os chamou à razão, lembrando-lhes seu objetivo maior: a salvação de vidas pelo amor.

Podemos nos tornar radicais intolerantes, sem misericórdia, ou santarrões nos achando acima da média. O que vamos ser?

O equilíbrio, a racionalidade de seguir adiante em meio à crise a caminho de Jerusalém foi a decisão daquele que podia exercer legalmente a força bruta. Ele teve misericórdia daquelas vidas que ainda não sabiam da Sua relevância e sequer discerniam sua missão.

O seguir para outra aldeia era uma medida óbvia, porém era necessária antes uma mudança de espírito em seus discípulos.

O que nos diferencia, além de dizer que estamos perto de Jesus, que seguimos a Ele, é o procedimento de valorização do ser humano, não segregando, mas disponibilizando oportunidades para que eles cresçam na graça e no conhecimento do Filho de Deus.

O seu proceder revela quem você é, desnuda seu caráter. Suas opiniões em redes sociais influenciam pessoas. Queira Deus que você esteja no equilíbrio cristocêntrico ensinado pela Bíblia.

Cristo nos ensina a valorizar a vida e amar os nossos semelhantes como a nós mesmos, diante do caos que o pecado tem instalado nesta sociedade corrompida e perversa. No caminho para Jerusalém, temos que manter o equilíbrio.

“Porquanto, todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Pois vós não recebestes um espírito que vos escravize para andardes, uma vez mais, atemorizados, mas recebestes o Espírito que os adota como filhos, por intermédio do qual podemos clamar: “Abba, Pai!” O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos filhos, então, também somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se realmente participamos dos seus sofrimentos para que, da mesma maneira, participemos da sua glória” (Rm 8.14-17).

Fonte: Portal IAP

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