Eleições, por que me envolver?

Fake news ganha popularidade intensa nos últimos dias, oportunidade em que somos impactados com o poder que as notícias falsas possuem de enganar e a facilidade com que elas se espalham por meio das mídias sociais, entre os mais conhecidos Facebook, Instagram, Twitter e até mesmo o WhatsApp.

No entanto, assim como a política da pós-verdade – em que a fraude tem mais evidência que os fatos verídicos – a fake news se trata de neologismo – palavras novas – que se deriva, nada mais nada menos, da conhecida mentira que, aliada à influência marcante da imprensa na formação de opiniões, é potencializada pela internet com força suficiente para alterar o rumo de eleições.

Desnecessário descrever as incontáveis e conhecidas tragédias registradas pela história que nasceram de mentiras criadas, em sua maioria, partindo de meias verdades até a conclusão totalmente enganosa.

Aliás, quando se fala em eleições é bem comum nosso afastamento de qualquer envolvimento no processo, seja como eleitor, como candidato e, até mesmo, como agente influenciador do meio social.

Ora, as Escrituras revelam que, no plano original, Deus exercia pleno governo da condução humana e delegou algumas funções ao homem (Gênesis 2.15) mas, com o pecado, o povo passou a rejeitar esse reinado (Juízes 2.16 e I Samuel 8.7).

Todavia, apesar disso, o Senhor conduziu o seu povo elevando homens e mulheres a posições políticas de destaque, entre muitos, José, Moisés, Daniel, Débora, Samuel, Davi e Salomão, que exerceram, como instrumentos, importantes governos de impérios e nações.

Não podemos, assim, interpretar os deveres que nos são exigidos de respeito, orações, súplicas e intercessões em favor das autoridades constituídas (I Timóteo 2.1-2) como se fossem uma imposição bíblica de não nos envolvermos politicamente, pois esses deveres não nos afastam do processo eleitoral. Pelo contrário, podemos alterar o rumo da sociedade já que “os mais altos céus pertencem ao Senhor, mas a terra ele a confiou ao homem” Salmos 115.16.

Se envolvam, analisem, pesquisem, desconsiderem as notícias falsas e votem conscientemente, pois discussão saudável sobre o processo eleitoral fomenta o crescimento intelectual e político da sociedade e, nossa participação, acima de obrigação, é o exercício da cidadania arduamente conquistada.

Partindo dessas premissas, atuais se fazem as palavras de 2 Samuel 10.12 ao dizer “seja forte e lutemos com bravura pelo nosso povo e pelas cidades do nosso Deus. E que o Senhor faça o que for de sua vontade”.

Fonte: Ministério de Mulheres

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