Desviado ou se desviando?

Lendo aqui e acolá, observando a minha própria jornada cristã e meditando a respeito da vida de muitos que já foram fervorosos na fé e hoje estão longe de Cristo e sua igreja, penso que podemos ser considerados desviados ou dando passos largos para nos desviar da comunhão com Cristo e seu Evangelho. Estamos assim quando:

– A busca pela Palavra de Deus cessa e nos tornamos satisfeitos com o conhecimento das coisas eternas adquiridas há muito tempo;

– A oração deixa de ser uma parte vital de nossa vida cristã

– Perdemos o prazer nos cultos da igreja e nossa atenção se fixa apenas nas coisas terrenas;

Defendemos nossa conduta pecaminosa citando versículos bíblicos ou apontando as falhas de outros crentes;

Usamos os mesmos argumentos dos incrédulos para defender nossa falta de investimento de tempo, talentos e bens para a expansão do Reino de Cristo;

A paixão por esportes, lazer e entretenimento invade a nossa mente e isso se torna um estilo de vida;

– O desejo de adquirir dinheiro e bens materiais se torna a parte mais dominante de nossos pensamentos e ideais;

– As canções de louvor a Cristo são apenas da boca para fora;

– Nos cultos somos muito mais críticos do que adoradores;

– Participamos de rodinhas de amigos e parentes cuja ridicularização a Cristo e aos valores do Evangelho toma conta da conversa e nós concordamos ou nos omitimos;

– Ao olhar nossas agendas pessoais, percebemos que grande parte do tempo é dedicada à música mundana, filmes e leituras que enfraquecem nossa fibra moral;

– As aspirações por uma vida de santidade deixam de dominar nossos corações;

Quebramos a unidade e a paz da igreja e entre os irmãos com destemperos e agressividade, e justificamos nossas ações declarando que os crentes são falsos e hipócritas;

– Arranjamos desculpas para explicar a nossa frieza espiritual e o nosso afastamento da comunhão com Cristo e a igreja;

– Ficamos acomodados e satisfeitos com nossa falta de poder e não mais buscamos, fervorosamente, sermos revestidos do poder do alto;

– Justificamos pecados e nossa preguiça espiritual dizendo que o Senhor nos ama, e nos entende, e que a carne é fraca;

– Aplaudimos o estilo de vida mundano e o escolhemos como nosso espelho para definir sucesso;

– A injustiça, a corrupção e a miséria humana não ferem mais nossa alma e não nos movemos para cooperar a fim de aliviar o sofrimento do próximo;

– O fervor missionário deixa de existir em nossos corações;

– A situação espiritual do mundo ao nosso redor está em declínio e consideramos tudo normal e comum;

– Vibramos quando nosso ministério “triunfa”, mas não cooperamos para que os outros ministérios da igreja floresçam;

– Se empregadores, exploramos nossos funcionários; se funcionários, enganamos e mentimos descaradamente diante de nossos empregadores – e no domingo vamos aos cultos como se tudo tivesse certo e bem;

– Nos sentimos vaidosos e orgulhosos de nossa espiritualidade e fervor;

– Os nossos olhos estão secos e não há lágrimas em favor da salvação dos perdidos.

Nem todo desviado é desigrejado. Há desviados que frequentam com certa regularidade uma igreja.  Qualquer um de nós que pode se perceber já desviado ou no processo de se desviar. É hora de nos arrepender de nossos pecados e voltarmos à pratica do primeiro amor para com Cristo e com sua Igreja, e procurarmos crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo, nosso Senhor.

Fonte: Oitava Igreja – Pr. Jeremias Pereira

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