Cristo, amigo dos que sofrem

Como você está se saindo ao cuidar de amigos que estão sofrendo? O seu relacionamento se parece com o dos amigos de Jó ou você está fazendo melhor? Você ama as pessoas que Deus colocou em sua vida? Você está cuidando de uma forma amorosa daqueles que sofrem? Eu serei o primeiro a confessar que, às vezes, meu coração fica frio porque eu fico muito absorvido comigo mesmo, com minha própria agenda, meus compromissos, meu tempo de descanso, com minha lista de afazeres. Eu. Eu. Eu. Preciso resistir a esse egocentrismo, seguir o exemplo de Cristo e obedecer ao seu mandamento, em João 15.12-13: “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.”

Alguns versos anteriores nesse mesmo capítulo, Jesus diz a seus discípulos que eles não são mais servos, mas amigos. Tim Keller diz que a história do mundo pode ser descrita no contexto da amizade. O Deus trino (Pai, Filho e Espírito Santo) existe, desde a eternidade, no contexto da perfeita amizade. Então, esse mesmo Deus criou os seres humanos à sua imagem para buscarem ter amizade semelhante uns com os outros. Ainda mais milagrosamente, Jesus veio à terra para ser nosso amigo. Ele é o melhor amigo que nunca nos deixará ou nos abandonará. Ele é o amigo que é fiel, mesmo a um custo imensurável a si mesmo; de forma que você e eu não seremos destruídos. Jesus foi para a cruz, onde ele perdeu o perfeito relacionamento com o Pai, para que nós pudéssemos ter relacionamento com o Deus infinito. Nós não fizemos nada para merecer isso; e ele não precisa de nós para ser completo. Nosso relacionamento com Deus é diferente de qualquer outro. O Deus do universo se torna amigo de seus inimigos.

Ao final de sua vida terrena, Jesus viu seus melhores amigos o negarem e o traírem no jardim do Getsêmani. Podemos nos ver claramente nessa história. Todos nos rebelamos. Todos nós o traímos pelos tesouros deste mundo, mas, ainda assim, ele é um amigo que nos ama o tempo todo. Um amigo que passou pela morte mais dolorosa, humilhante e que o separaria de Deus. Ele enfrentou a pior condição de silêncio – isolado, completamente sozinho, sem amigos naquele momento em que morreu na cruz – para que você pudesse ser trazido à comunhão com ele e ser chamado de amigo. Ele é aquele amigo que, com os braços abertos e perfurados na cruz, estava recebendo você em sua vida. Quando você tem noção disso, quando essa verdade está arraigada profundamente em seu coração, ela o liberta para ser amigo daqueles que podem rejeitar o seu amor e seu cuidado. Se Jesus é seu amigo, então você pode aceitar a rejeição daqueles que talvez não tenham nada para lhe dar.

Se eu sei que Jesus me acolheu em seus braços abertos e que ele me ama, não importa o que eu faça, eu também posso amar os que sofrem, mesmo se eles me machucarem. Eu posso ficar ao lado deles, mesmo quando eles não têm nada para me oferecer. Quando Jesus entra em sua vida, e você experimenta a graça de Deus, você tem esperança de fazer amizade com os que sofrem. Se você está sozinho em sua busca de amar aquele que está sofrendo, você pode ter certeza de que Jesus é o Grande Sumo Sacerdote que pode se identificar com você. Ninguém já esteve tão solitário quanto Jesus lá na cruz. Ali ele foi abandonado não só por seus amigos, mas por Deus, o Pai. Jesus se tornou sem amigos para que pudéssemos ter amizade com Deus. Ele deseja que sua amizade com ele seja o impulso de sua amizade com os outros.

Fonte: Ministério Fiel

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