Cristãos convocados a uma vida de santificação

O apóstolo Pedro em sua primeira carta Pastoral assim escreveu: “Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” –  1 Pedro 1: 14,15.

Como filhos obedientes imitam a vida do pai a quem amam, assim também nós, filhos de Deus, devemos nos espelhar no caráter do Pai. O texto diz: “Não vos conformando”, isto se relaciona com o estabelecimento de um esquema ou sistema de vida. Traduzido livremente, significa: não esquematizeis a vossa conduta de acordo com as paixões sensuais que antes tínheis na vossa ignorância.

O tema do caráter redentor e santo de Deus é introduzido no verso 15, com a fortíssima conjunção adversativa “mas”: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver”. O Deus que nos chamou, levando-nos a sair de nossos caminhos passados, da ignorância e caminhos tortuosos, deve ser o modelo para a nossa vida, na qualidade de povo dEle. A exigência de santidade no homem implica na santidade de Deus. Ao fazê-lo, rejeita-se qualquer grau de relativismo moral que frequentemente caracteriza a sociedade.

Basicamente, santidade significa separação. Deus é santo, no fato de que Ele está separado de todos os outros e de todo o pensamento ou ato que possa ser chamado de pecaminoso, injusto, incorreto, etc. Ele conclama o seu povo a ser como Ele. O alvo é santidade absoluta. Ele não pode estabelecer um alvo menos elevado. Embora esse alvo nunca seja cumprido nesta vida, a tensão de lutar para alcançá-lo precisa estar sempre presente. O filho de Deus nunca pode sentir-se à vontade e satisfeito enquanto não alcançar este alvo.

O apóstolo Paulo aconselha aos irmãos em Tessalônica dizendo: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” – 1 Ts. 5:23. Assim o Cristão é chamado para aperfeiçoar a santidade no temor de Deus, e isto é um processo contínuo. Ou seja, ele não apenas deve livrar-se das coisas que contaminam, mas também tomar providências para que ligações santas tomem o seu lugar, em consonância com o temor de Deus, isto é, com  reverência pelo seu nome e pela sua vontade. Somente mediante uma ação positiva em favor do bem, e um afastamento negativo do mal, o homem se tornará apto para Deus na carne  (corpo), alma (emoções) e no espírito (vontade – razão – intelecto).

Cristo viveu separado do mal em tudo: vida, morte e ressurreição, para nos dar uma vida de vitória. Assumamos a liberdade e esta plenitude de vida.

Por: Pr. Elias Alves Ferreira

Fonte: Sou da Promessa

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