Chefe Secreto versus O Deus Encarnado

Alguns quadros do Fantástico são mesmo fantásticos, como o último que tem passado o “Chefe Secreto”. Se você ainda não teve a oportunidade de assisti-lo vale super a pena. No quadro, a cada episódio, o chefe de uma grande firma, se disfarça em meio aos funcionários e começa a fazer as mesmas tarefas que ele os propõe dentro da firma. Durante essa jornada, o chefe descobre maneiras melhores para realizar as tarefas, conhece os seus empregados, os bons e ruins, e o que mais enche os meus olhos de lágrimas é que ele começa a conhecer a história deles, e na medida do possível, ao final de cada jornada do chefe que se põe em secreto, ele realiza alguns sonhos, dá oportunidades melhores, parabeniza seus funcionários. É realmente emocionante!

No episódio deste domingo, não consegui deitar na cama e dormir, Deus me levou a refletir sobre Jesus. Muito mais do que esses chefes que se disfarçam para entender o que seus funcionários vivem, o meu Senhor viveu na pele a minha e a sua vida, mas não viveu apenas um dia como homem, Ele se encarnou, não por alguns momentos, mas por uma vida.

Ele deixou toda a sua glória para viver a nossa vida. Ele não apenas viu como é difícil as consequências que o pecado gerou na humanidade, Ele as sentiu. Ele chorou quando perdeu seu amigo Lázaro, cuspiram na cara dEle, foi escarnecido, traído, acusado injustamente. Assim como Isaías disse “… Ele foi desprezado e ignorado, um homem que sofreu, que conheceu a dor por experiência própria.” (Bíblia a Mensagem).

Se isso já não era o bastante, ele ainda morreu uma morte injusta. Injusta porque ele nada tinha cometido para que o matassem. Além disso, não foi uma morte “fácil”, a Bíblia nos diz que ele suou como gotas de sangue só de pensar na dor que ele havia de sofrer. Foram muitos açoites, coroa sim mais de espinhos, não foram flores que colocaram em suas mãos, mas pregaram pregos, nem água ele pode beber quando disse “Tenho sede”, mas vinagre foi o que lhe deram.

O chefe secreto viveu por uns momentos a vida de seus funcionários. O nosso Jesus viveu uma vida como a nossa e ainda morreu a nossa morte. Ninguém jamais teve uma morte como Jesus, pois ele era a própria vida; ninguém jamais foi castigado pelo pecado da mesma forma que ele, aquele que não tinha pecado algum. Ninguém jamais mergulhou no vácuo da maldade como Jesus de Nazaré. Nenhum ser humano jamais será capaz de entender a dor por trás dessas palavras: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?”¹ (Mt 27.46).

Ao final do episódio do fantástico, o chefe secreto presenteia com bens alguns funcionários, o que encheram seus corações de alegria e assim fizeram a eles e eu chorar, que bom ser recompensado por algo bom que fizemos, reconhecer o trabalho e recompensar o esforço. Mas a nossa recompensa, o nosso salário por conta dos nossos pecados era a morte, nada do que fazemos merece alguma recompensa da parte de Deus, na verdade nos nem amigos éramos para que Ele demonstrasse tamanho amor, ao contrário éramos inimigos de Deus. Nossas obras jamais poderiam pagar nossa dívida, porém Jesus disse: “Está consumado”. Ele nos deu o melhor presente, ele nos deu a sua própria vida. Ele morreu a nossa morte, para que vivêssemos a sua vida.

Jamais haverá outro capaz de trazer cura para o caos e a insanidade de nosso mundo pós-moderno, pois ninguém mais passou por essa experiência. Somente Jesus que “suportou dores e sofrimentos sem fim” (Is 53.4).² Ele nos deu o melhor presente, nos deu vida e nos levou de volta a intimidade com o Pai.

Por: Eloiza Zanutti

¹ e ² Bíblia Brennam Manning Transformação Pessoa

Imagem: Fantástico – Episódio de 04/10/2015

Fonte: Sou da Promessa

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