Até os últimos recursos

A Palavra de Deus nos relata no Capítulo 15 do Evangelho de São Lucas, uma história a respeito de um jovem que requereu do Pai sua parte na herança e saiu pelo mundo gastando o dinheiro com sonhos frívolos, e toda sorte de falsos prazeres que o mundo lhe oferecia até se encontrar, após algum tempo, numa situação de completa miséria.

Um fato interessante na Parábola do Filho Pródigo é o que levou esse rapaz a pensar na possibilidade de retornar ao seu lar (v. 17). Ele não se lembrou do amor que seu Pai tinha por ele, nem dos valores morais e religiosos que havia aprendido na infância, tampouco sentiu saudades do irmão, sangue do seu sangue. Todavia, lembrou-se da fartura de pão e da cama limpa e quente. Note, que ele só admitiu a possibilidade de retornar, abrindo mão, inclusive da sua condição de filho (v.19), quando nada mais lhe restava, quando havia esgotado os seus últimos recursos.

Nós, ainda hoje, muitas vezes, repetimos a história desse filho rebelde e voltamos às costas ao Senhor, que tudo nos tem dado, seguindo atrás de enganos que o mundo nos apresenta. São fábulas enganosas que prometem prazer e felicidade quando na verdade nos conduzem a um estado de miséria física, moral e espiritual.

O Filho Pródigo encheu-se de coragem e retornou à sua casa imaginando que seu Pai não se dignaria a vê-lo. Pela bondade que sabia ter o seu Pai, cria que seria recebido como um criado qualquer, mas que teria abrigo e alimento.

Não podemos subestimar o amor de um Pai. O Filho Pródigo teve uma grata surpresa ao ser recebido pelo próprio Pai, que veio correndo ao seu encontro, pois nunca duvidara do retorno de seu Filho. Isto fica claro no preparo da melhor roupa e do grande banquete para recebê-lo (vs. 22-24).

O Senhor Jesus Cristo, um dia crucificado no calvário, entregou a sua vida em favor de todos os que quiserem gozar do privilégio de serem chamados Filhos de Deus. Assim como o Pai do Filho Pródigo, o Senhor Deus não se importa com nossa condição anterior, pois assim diz a Sua Palavra: “Sou eu, eu mesmo, aquele que apaga suas transgressões, por amor de mim, e que não se lembra mais de seus pecados.” – Isaías 43.25.

Ele nos recebe com Seus braços de amor e não valoriza qual motivo nos leve a Ele, se a necessidade, se a doença, se o desespero, ou mesmo se não há mais recursos. Jesus Cristo é o nosso “único recurso”, não importa qual seja a dificuldade, só Ele pode restaurar nossa condição de Filho de Deus.

Não espere esgotar todo seu recurso, seu Pai, O Senhor, aguarda seu retorno e quer fazer um banquete para recebê-lo e dar-lhe o lugar de honra em Sua casa.

Por: Pr. Elias Alves

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