Assumindo a responsabilidade de ser modelo para outros

Em 1 Tessalonicenses 1.7, a Bíblia diz que os cristãos “tornaram-se modelos para outros”. O termo “modelo” é utilizada, no grego, para descrever um selo marcado por cera ou um sinete que cunhava moeda.

Paulo está elogiando os tessalonicenses por serem fiéis exemplares, que deixavam suas marcas em outras pessoas. Com efeito, quem começa como imitador logo se torna exemplo para outros. Uma coisa leva a outra! De fato, os tessalonicenses eram como marcas visíveis, cópias, imagem, padrão e, por conseguinte, modelos que outros poderiam imitar.

Observe que a palavra “modelo” está no singular, considerando a igreja como um todo; e a referência de pessoa está no plural (“vós), apontando para cada cristão, como indivíduo. Eles vivenciavam uma vida cristã responsiva, com ênfase na reprodução de discípulos.

O discipulado deve imprimir ou carimbar a imagem de Cristo nos irmãos. Para servir de modelo é necessário: 1) Ter recebido muito de Cristo para poder mostrar, e 2) receber mais e mais de Cristo para poder servir de exemplo a um número cada vez maior de cristãos.

O elemento chave do discipulado é o relacionamento: “Então designou doze para estarem com ele…” (Mc 3.13-14), depois vem a “imitação” do exemplo vivo. Os discípulos de Jesus aprenderam através de exemplos. Pois, o currículo de Jesus era a sua própria vida.

Como seguidores de Cristo, devemos procurar ajudar as pessoas, de nosso relacionamento, a crescerem, de forma pessoal, em três áreas primordiais: 1) Na sua identidade cristã, como parte da família de Deus, 2) No seu caráter cristão, refletindo as virtudes cristãs, e 3) Na sua habilidade ministerial, equipando-os para servir.

O grande problema na igreja de hoje é que, geralmente se invertem estas prioridades. Quando alguém é batizado ou vem de outra igreja, ou ele fica de “molho” no banco ou o enchemos de tarefas até afogá-lo. Raras vezes, se desenvolve nesse novo membro um profundo sentido de família, uma amizade verdadeira. A rigor, viver como família, é a base para o novo membro crescer nas qualidades de caráter. Já o caráter cristão, por sua vez, é a base para o desenvolvimento das habilidades ministeriais desse novo membro.

Às vezes, para nos safarmos da responsabilidade cristã de sermos exemplo para outros, damos uma desculpa esfarrapada dizendo: “Não olhe para mim, não sou perfeito, Jesus é o nosso único modelo!” Mas não é isso que Paulo diz no versículo 17. Pelo contrário, ele foi incisivo: “sede meus imitadores”. Ele se coloca como referencial para os Filipenses; mas quem era o referencial dele? Jesus! “Sede meus imitadores como eu sou de Cristo” (1Co 11.1).

Em suma, se você já tem uma boa caminhada de fé, não está mais no ponto de onde começou, então você já pode muito bem ser modelo àqueles que estão começando esta caminhada.

Fonte: Sepal

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