A graça que espera

O querido Jesus, nos dias de sua humanidade, ensinou-nos a olhar a vida e o Reino de Deus tão ricamente, usando figuras e personagens que até hoje nos emociona. Eis mais uma paráfrase:

Um homem tinha dois filhos e o mais jovem procurou o Pai, e mesmo correndo risco de vida, disse-lhe: Não quero esperar que morra para receber a minha parte na herança, estou cansado deste lugar, sempre a mesma coisa, quero conhecer coisas novas, ser totalmente  independente.

Mesmo contrariado, o Pai respeita o livre arbítrio e um dia vê seu filho ajuntar tudo e partir para o pretenso mundo novo. Longe de olhares conhecidos, com muito dinheiro, começa a viver,  não a liberdade, mas a libertinagem. É a ida.

Um dia a fortuna acaba e com ele os falsos amigos e prazeres e ei-lo, solitariamente, no meio de uma manada de porcos, sentindo inveja de suas refeições, sem lar e sem pão. No desprezo total, olha para dentro de si e no desejo de viver decide: voltarei, confessarei meus erros e recomeçarei como um empregado qualquer de meu Pai, porque terei pão e amizade. Mesmo que não entre no quarto que foi meu, me alimente na mesa que um dia me pertenceu, mas ali, não me faltará dignidade e respeito. É a voz da consciência e do arrependimento.

No horizonte ao longe, uma silhueta, o Pai que o aguardava diariamente o reconhece e quebrando todas as barreiras tradicionais, movido pelo amor e compaixão, corre-lhe ao encontro, salta-lhe ao pescoço e não permitindo nenhuma desconsideração Paternal, beija-lhe a face. É a volta.

Uma ordem foi dada, tragam logo a melhor roupa (é um príncipe e precisa ser protegido), um anel de pedras preciosas (merece uma nova chance e eu faço uma aliança), calçados para os pés (eu tenho filho  e não  escravo para andar descalço), matem o novilho (merece uma festa), toquem a música (é dia de alegria) porque este meu precioso filho estava totalmente perdido e eu o reencontrei, estava como morto e voltou à vida. É a consideração e a recompensa. Lucas 15.11-23.

Independente da situação, podemos afirmar: Deus nos ama e não quer que a nossa vida seja sem sabor, para isto Ele aguarda somente um gesto nosso, um passo, e se isso for dado, Ele correrá ao nosso encontro e nos dará o lugar que é nosso, pelo sangue de Jesus que foi derramado na cruz e desfrutaremos a vida aqui, com a perspectiva da festa eterna, a qual ocorrerá, na companhia dos anjos e dos salvos.

Por: Pr. Elias Ferreira Alves

Fonte: Sou da Promessa

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